A parceria de Kanye West com a Gap rendeu assunto ao longo da semana. O rapper e a marca firmaram um acordo de uma linha da Yeezy, tocada por West, com peças a preços acessíveis que serão vendidas na varejista norte-americana. O próprio Kanye ficará com a direção criativa e a estilista nigeriana-britânica Mowalola Ogunlesi será responsável pelo design.
Ao mesmo tempo em que a parceria, que valerá por dez anos, animou o mercado — as ações da Gap tiveram 19% de alta no dia do anúncio, o que é ainda mais impressionante pensando que no primeiro trimestre do ano a empresa teve uma queda de 43% em suas vendas —, também desanimou muitos do ramo da moda. Isso porque a nova colaboração significou também um adiamento sem novo prazo da associação com Telfar Clemens, à frente da Telfar. A collab havia sido anunciada em fevereiro durante a Paris Fashion Week e gerou bastante burburinho porque o designer negro debate gênero, identidade e senso de comunidade em suas criações, e a associação com uma gigante como a Gap aumentaria o potencial de alcance dessas questões na moda. Como analisa essa matéria de Vanessa Friedman no NY Times, a opção de adiar uma parceria com um novo nome por um artista de muito mais visibilidade e que deve criar peças menos questionadoras com certeza embute lucro à Gap, mas e quanto ao valor?
Todo mundo que trabalha ou se interessa por moda já leu que investir em uma Birkin, bolsa símbolo da Hermès, é mais lucrativo do que investir no mercado de ações ou em ouro. Agora, parece que investir numa bolsa vintage é, mais do que nunca, o melhor caminho para o seu dinheiro. Um estudo da GlobalData aponta que o mercado de artigos de luxo de segunda mão deve chegar a valer 51 bilhões de dólares em 2023, comparado aos 24 bilhões que valia em 2018. Seja pelo fator de ter algo que não está mais à venda (acende a lanterninha da exclusividade), seja pelo valor mais acessível dos produtos semi-novos, ele promete. Meg Randell, chefe do departamento de bolsas da Bonhams, disse em entrevista ao The Guardian que, com o acesso à história e teoria da moda mais facilitado, peças com perfume vintage ganharam valor. A bolsa de nylon da Prada que o diga.
Essa reflexão delícia da Cup of Jo sobre o seu comfort movie, ou seja, aquele que você já viu incontáveis vezes e veria mais tantas outras. O meu é um clichê justo: Breakfast at Tiffany’s. E o seu?
Circulou só agora essa notícia de maio, de que o Instagram vai lançar uma aba chamada Guides (como temos agora o IGTV e agora, o Reels). Ali, usuários poderão publicar textos sobre temas diversos, classificá-los em categorias e compartilhar com seus seguidores, como se fosse um blog dentro do aplicativo. A Thereza Chammas (aka Fashionismo) trouxe uma reflexão bem interessante: apesar de isso facilitar para o leitor, que muitas vezes já tem preguiça de sair do aplicativo para ler uma matéria, como fica a autonomia do produtor de conteúdo? Isso porque esse tipo de recurso centraliza ainda mais a informação em uma ferramenta única e reforça o monopólio do Instagram, que é como se fosse uma casa alugada, enquanto um site próprio seria uma casa própria. Vem aquele velho questionamento: e se o Instagram acaba, como os leitores acompanham as personalidades que gostam de seguir?
Não sou mãe (nem pretendo ser nos próximos oito anos, pelo menos), mas adorei ler esse post do Man Repeller que contou a colaboração de centenas de pessoas para tentar responder à pergunta de um milhão de dólares: “dá para sentir que você está pronto para ter filhos”? Não tem muito uma conclusão, porque obviamente as pessoas têm experiências diversas, mas acho que é algo no sentido de racionalizar que você vai ser responsável por outra vida, que vai levar tempo para retomar algumas atividades e que você quer isso mais do que não quer. É que na verdade nem quem se diz pronto consegue dimensionar tudo que terá pela frente.
Achei ótimo esse post do Franco Pellegrino debatendo a função protetiva da máscara e como não podemos ou devemos desprovê-la desse significado, tornando-a um mero acessório fashion: normas sanitárias são imperativas.
Momento auto-promoção para indicar essa matéria sobre as previsões do mundo pós-pandemia: o que são, como interpretá-las e quando esperá-las são algumas dúvidas que o texto responde. Spoiler: o home office veio para ficar, mesmo.
Eu sempre fui uma pessoa de perfumes florais: usei na adolescência o Flower, da Kenzo, e na faculdade migrei para o Very Irrestiblé, da Givenchy. Depois que me formei, fiquei bem perdida e à procura de um cheiro que tivesse a ver com meu novo momento. É que para mim, escolher um novo cheiro é algo que acontece quando eu me vejo outra pessoa. E aí, fiquei um tempão só usando colônias, que são mais leves, até encontrar um perfume novo (que não vou contar qual porque tenho ciúmes rs). A questão é que li esta semana esse post do The Lolla falando sobre como perfumes definem a gente, e não poderia ter vindo em melhor hora: mudar de cheiro é como um rito de passagem. Beijos e até semana que vem.
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