Larissa Modenesi é o perfeito exemplo de que a vida é o que você escolhe fazer dela. “É clichê, mas é verdade”, diz ela. “Eu pensava: ‘isso é muito a minha cara, por que eu não fiz ainda?’” Essa é a maneira que a Lari, que protagonizou mais um shoot do nosso projeto em NYC, enxerga todos os aspectos da vida: uma questão de atitude e mão na massa. Nada de ficar esperando o tempo passar.
Lari começou sua carreira aqui no Brasil e saiu de sua cidade natal, Vitória, para se especializar em design de joias em NY, onde mora há sete anos, e, daí, foi só crescendo. A sua trajetória de trabalho – e de vida – nos surpreendia a cada história contada entre um clique e outro (acredite, ela tem passagem até pela ONU!).
Buscando mergulhar de vez no dia a dia da Lari, visitamos alguns dos seus locais preferidos em NY, como o Whitney Museum e o The Standard Grill, um hot spot do Meatpacking. O styling impecável com a marca MyBasic, que patrocinou esse #shoot com seus básicos cool – perfeitos para a mulher moderna - e com os sapatos lindos e estilosos, mas sempre confortáveis da Paula Torres, deu charme extra aos takes – além de, é claro, a autenticidade da Lari, que fez questão de adicionar um ou outro elemento do seu próprio acervo nas fotos.
“Eu estudei publicidade, mas me identificava muito mais com design, e comecei a enveredar por esse lado. Fui estudando, trabalhei com branding, fiz editoriais e até campanha política! E comecei a fazer joias on the side – eu tinha uma marca com uma amiga. Então, estudei ourivesaria na minha cidade, até que resolvi me especializar e passei a viver entre São Paulo e Nova York, estudando design de joias na FIT (Fashion Institute of Technology).”
Estamos sempre no computador, vivendo o digital… Mas quando você tem um espírito criativo, como ser diretora de arte ou designer, você precisa de uma coisa palpável, e a joalheria me trouxe isso.
“Trabalhei um tempo, em NY, como diretora de arte e design gráfico, tanto em agências quanto com nomes como Nicola Formichetti, que já fez trabalhos com Lady Gaga, Dazed & Confused e Vogue Japan. Depois disso, fui chamada para entrar na Victor Hugo e coordenar a estamparia da então nova linha de roupas. Fiquei lá dois anos e meio. Me marcou muito uma viagem que fiz para a China para fazer pesquisa de seda – era de muita qualidade, artesanal, feita à mão!”
“Eu tinha muita vontade de fazer algo social. Conheci um italiano arquiteto que criou o Festival de Veneza dentro da ONU, e ele foi o meu mentor. Ele tem uma organização dentro da ONU, a OCCAM, que estuda como o audiovisual e a comunicação podem ajudar a diminuir a pobreza do mundo. Durante três anos, eu o ajudei a organizar – era a única designer mais nova entre tantos embaixadores engravatados! Foi muito recompensador saber que tem tanta gente fazendo o possível para mudar o mundo de verdade.”
“Eu amo NY, mas chega uma hora que ela te suga e você precisa de um break. Foi aí que decidi ir para Londres, fazer um curso intensivo de Design de Produto na Central Saint Martins. De lá, resolvi viajar durante nove meses pelo Oriente Médio – com duas malas. Eu não me sentia preparada – ninguém nunca está! –, mas pensei 'por que eu tenho que voltar para NY agora?'. Afinal, eu poderia continuar trabalhando online e remoto. Passei pela Turquia, Israel, Palestina e voltei para Londres. Foi libertador aprender que, na verdade, a gente não precisa de nada. Me virei com muito pouco e comigo mesma.”
A gente nasce achando que precisa de alguém, mas aprende na marra que você se basta. Você deve aprender a conviver com você para depois conviver com o outro.
“De volta a NY, vi que aqui é muito fácil ter acesso a tudo, resolvi explorar essa abundância de informações e me voltei para o mundo das joias. Eu sou uma grande fã de arquitetura e escultura, e a joalheria veio em um ótimo momento. Resolvi fazer uma coleção inspirada em ferramentas, sair do corriqueiro, e, com a luz da joalheria, fazer as pessoas olharem para aquilo de um jeito diferente. Para mim, tem muito mais sentido trabalhar com um conceito do que fazer puramente pelo estético. Mas eu também amo o estético – nothing wrong with that!”
Eu me sinto uma escultora em menor escala.
Mesmo após explorar tantos destinos mundo afora, Lari continua apaixonada por NY – assim como todas nós! Ao ser perguntada sobre um lugar que a representa, ela logo citou o próprio Whitney Museum of American Art, especializado em arte contemporânea (super a cara dela!), então resolvemos fotografar ali mesmo, no rooftop do museu. Encantada com a cidade, ela diz que que você pode montar a NY que quiser e pode encontrar uma multiplicidade infinita de coisas. “É uma riqueza que me fascina. Eu preciso disso pra viver, preciso dessa diversidade.”
Acho que criatividade é isso. Sair da minha zona de conforto, experimentar novos mundos e novas pessoas e tirar disso o melhor.
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