Tem loja que chama atenção pela vitrine. A Verniz é assim. Quem desce a Rua da Consolação não consegue passar batido pela janela de vidro pequena, recheada com uma composição diferente, móveis singulares e objetos de decoração que te fazem olhar, pender a cabeça para o lado e pensar ‘nossa, eu nunca vi isso, mas não é que fica bom?’.
Por trás da fachada minimalista com ares vintage, está o trio de amigos - há quase 20 anos, diga-se de passagem - Fábio Matheiski, Paulo Bega e Luciano Tartália que se conheceram em São Paulo, moraram em Paris e de lá importaram a ideia de reunir a bossa dos flea markets, feirinhas de design e contexto das artes em um só local. Assim nasceu a Verniz, uma loja que guarda em seu DNA e lojas - além do endereço nos Jardins, eles também têm um galpão no centro da cidade, mas lá só atendem com hora marcada - esse conceito descolado.
Quem conversa com a gente é Fábio, o criador das combinações bacanas que vemos no nosso passeio na filial perto da Av. Paulista. “Desde o início tentamos deixar definido o papel de cada um mas, no final, sempre acabamos dividindo um com o outro nossas tarefas”, explica a dinâmica, “O Paulo ama garimpar, o Luciano adora ficar na oficina, e eu amo fazer as ambientações mas, como disse, todos acabamos cuidando um pouco de tudo.” É, não tem como não querer abraçar a Verniz por todos os lados. Para os apaixonados por decoração, a loja é um deslumbre: imagine encontrar em um só lugar garimpos únicos e peças de design, tudo misturado com muito bom gosto e cuidado. “É meio caótico até, com várias inspirações coexistindo. Móveis assinados, peças industriais, artesanato, objetos non sense, e acho que essa é uma característica muito forte da Verniz: ser um mix de referências que, juntas, formam um todo harmonioso.” Essa é a melhor definição que o Paulo poderia encontrar para a marca.
Como somos curiosas e não paramos a conversa por aí, lançamos as perguntas:
iLovee: Paulo, do garimpo à loja, quais são os passos do processo geralmente?
P.: Acho que na ordem seria: pesquisa, análise das peças, compra, manutenção e ambientação dela no contexto da loja.
iLovee: E como é feita a precificação de uma peça assim?
P.: Já a precificação é bastante complexa. Peças assinadas geralmente possuem um valor de mercado - que deve ser respeitado por uma série de fatores. Já peças anônimas e/ou desconhecidas, pedem uma análise mais subjetiva e fatores. Raridade, condições gerais e beleza entram na conta, além, é claro, das questões dos custos de aluguel, funcionários, etc.
iLovee: Vamos à trajetória da Verniz. Existe algum momento e/ou peça que vale destacar? Conta pra gente.
P.: Claro, temos vários momentos que consideramos especiais. Sair de uma pequena garagem no Brás, onde mal cabia um carro, para um galpão de 400m2, foi importante. Abrir a loja dos Jardins também foi um marco. Enfim, todas estas conquistas foram incríveis para nós. Agora, em relação às peças, podemos destacar algumas tais como a poltrona Palatinik e a cadeira da Lina para o MASP, mas também nos orgulhamos muito dos itens que encontramos abandonados por aí, sem cuidado algum e que ganham status de obras de arte ao serem inseridos na nossa loja, ao lado de outros achados.
Antes de sair pela porta, demos uma última espiada nos móveis que compunham o set design da loja naquele dia e deixamos escapar uma última dúvida que veio repentinamente à cabeça: será que eles levam muito da Verniz para a decoração das suas casas? Como? A resposta do Paulo veio rápida: “Com certeza acabamos levando um pouco sim mas, em casa, acho que cada um coloca seu estilo de forma mais tranquila e despojada. Adoramos garimpar desde sempre.”
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